quarta-feira, 2 de março de 2011

Célula a hidrogênio alimenta notebooks e bicicletas elétricas

Notebook a hidrogênio
Durante o Mobile World Congress, realizado em Barcelona nesta semana, os visitantes puderam conhecer um sistema de alimentação a hidrogênio para notebooks e outros equipamentos móveis.
O sistema é composto de uma célula alimentada a hidrogênio, fornecida pela Powertrekk. Ao gerar a energia necessária para alimentar o equipamento, a célula produz apenas vapor de água como subproduto.
Os cartuchos de hidrogênio estão sendo colocados no mercado com capacidades para alimentar células a combustível de 1 watt até 3 kilowatts.
Isto os torna capazes não apenas de recarregar telefones celulares, notebooks, GPS e qualquer outro produto portátil, mas também de alimentar equipamentos com consumo significativo de energia.
Uma célula a combustível com o cartucho de maior capacidade pode alimentar uma bicicleta elétrica por até 160 quilômetros, a uma velocidade de 40 km/h.
Célula a hidrogênio alimenta notebooks e bicicletas elétricas  
Energia do sal e areia
As recargas de hidrogênio, que estão sendo lançadas pela empresa Signa Chemistry, baseiam-se no trabalho do professor James Dye, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
O Dr. Dye trabalha com metais de base alcalina, tendo desenvolvido o uso do siliceto de sódio para produzir hidrogênio.
"Em nosso laboratório, nós produzimos silicetos metal-alcalinos, que basicamente são feitos de sódio e silício que, por sua vez, vêm do sal e da areia," conta o pesquisador. "Nós conseguimos produzir hidrogênio adicionando água ao siliceto de sódio, e o hidrogênio alimenta as células a combustível."
Depois de exaurida sua carga de hidrogênio, o cartucho contém apenas silicato de sódio, o mesmo material encontrado nas pastas de dentes, por exemplo, o que mantém a característica "verde" dessa fonte de energia.

Mato Grosso é o 2º em PCH"s

Estado tem 49 unidades em operação e outras 11 em construção, segundo relatório da Aneel 

Mato Grosso é o segundo estado brasileiro com maior número de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), cuja capacidade instalada é de até 30 megawatt (MW). Ao todo são 49 unidades em operação com capacidade de gerar 632,326 mil quilowatt (kW) de energia elétrica. A liderança é de Minas Gerais que gera 743,927 mil kW provenientes de 100 geradoras de eletricidade. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).


No total, considerando outras matrizes energéticas, Mato Grosso tem capacidade para gerar 2,231 milhões kW, representando 1,96% da produção nacional, de 113,683 milhões (kW). O presidente do Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás de Mato Grosso (Sincremat), Fábio Garcia, lembra que o potencial hidráulico de Mato Grosso é motivo de atração dos investimentos. Ele explica que as PCH"s têm a vantagem de provocar menos impacto ambiental que uma Usina Hidrelétrica de Energia (UHE).

Mesmo assim, o economista doutor em Planejamento Energético, José Manuel Marta, afirma que é preciso verificar a necessidade das unidades geradoras. "Pelos impactos que causam no ambiente, é interessante analisar a demanda de energia. Não estamos trabalhando com a capacidade ociosa". Para ele, os investimentos estão acima do necessário.

Os dados da Aneel apontam que, em Mato Grosso, estão em construção outras 11 PCH"s. As unidades irão gerar 159 mil kW. A Apiaia é uma das empresas que administra PCH"s no Estado. No total, são 3 unidades com capacidade de gerar 86 megawatts. Elas estão localizadas nos municípios de Campinápolis, Nova Maringá e Lucas do Rio Verde. O diretor da empresa, Manuel Gonçalves, afirma que o interesse por Mato Grosso é disponibilidade dos recursos hídricos.

No Estado, existem 8 hidrelétricas, com capacidade geradora de 885,180 mil kW. Um dos mais recentes empreendimentos, ainda em fase de construção, é a usina de Colíder, situada no rio Teles Pires. A empresa que irá executar o projeto, a Copel, ainda tem interesse nas unidade São Manoel, com 764 MW; a Foz do Apiacás, de 174 MW e a de Sinop com capacidade para 646 MW. É o que afirma o gerente de Planejamento de Expansão de Geração da empresa, Claudio Marinho Falcão. Segundo ele, a Copel ainda está disponível para receber projetos das empresas privadas que queiram construir uma PCH e já possuem autorização da agência reguladora.

No país, nos últimos 7 anos, a capacidade instalada das usinas de pequeno porte do país cresceu quase 3 vezes. De acordo com Aneel, em 2003 a potência das PCH"s totalizava 1,151 mil megawatts (MW) e em 2010, esse número passou para 3,428 mil MW. A participação das PCH"s na matriz energética aumentou de 1,22% para 3,05% no mesmo período e a quantidade de usinas subiu de 241 para 387. Em 2010, entraram em operação 32 Pequenas Centrais Hidrelétricas, com potência total de 470,67 MW. Para este ano, está previsto o início da operação de 5 novas PCH"s.

FONTE: Gazeta DIgital

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Eletronuclear publica estudo em defesa da energia atômica

Estudo elaborado por uma empresa privada, por encomenda da Eletronuclear, defende que a energia nuclear pode reduzir as emissões de gases poluentes no Brasil em 19%.
Os dados se baseiam em uma participação de 7,3 gigawatts (GW) da energia nuclear na geração do Sistema Interligado Nacional (SIN), até 2030.
Isto corresponderia a 437 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) que deixariam de serem lançados na atmosfera.
O aumento da participação da energia nuclear na cesta de geração do SIN é previsto no Plano Nacional de Energia 2030 (PNE).
Energia nuclear na matriz brasileira
Hoje, a participação da energia nuclear alcança em torno de 2 GW.
A essa geração se somarão o 1,3 GW previsto para a Usina Nuclear Angra 3 e mais 4 GW adicionais, referentes às quatro novas unidades nucleares projetadas pelo Plano Nacional de Energia 2030.
A Consultoria Ecen, responsável pelo estudo, faz também o inventário nacional de emissões de gases de efeito estufa para o Ministério de Minas e Energia.
Ela foi contratada pela Eletronuclear para elaborar um estudo específico para o Brasil, comparando as emissões de gases de efeito estufa no ciclo nuclear com as de outros ciclos de combustível na geração de eletricidade.
O estudo mostra que sem a participação da energia nuclear, as emissões de CO2 seriam maiores, considerando que, dentro do previsto no PNE, caso não seja adotada, a energia nuclear seria substituída por energia térmica a carvão.
De acordo com o estudo, dentre todos os ciclos de combustível analisados - petróleo, gás natural, carvão mineral e geração termelétrico a partir do bagaço da cana - a energia nuclear é a mais limpa e a que emite menos gases de efeito estufa.
Consumo brasileiro de energia
Dados fornecidos pela Eletronuclear indicam que o consumo per capita de eletricidade do Brasil é o 90º no ranking mundial de consumo - abaixo da média mundial.
O consumo atual por brasileiro é de cerca de 2.000 quilowatts/hora por ano (kWh/ano). Nos países desenvolvidos, o consumo é 4.000 kWh/ano. Nos países de desenvolvimento recente, como Portugal, Espanha e Coreia do Sul, o consumo per capita atinge 4.500 kWh/ano, 5.600 kWh/ano e 6.400 kWh/ano, respectivamente, de acordo com dados da Eletronuclear.
  

Inaugurada Usina de Energia Eólica Alegria I, em Guamaré (RN)


A usina inaugurada que está em operação comercial desde 30 de dezembro de 2010 tem capacidade de geração de 51,2 MW, energia suficiente para abastecer 70 mil moradias. 
Segundo Hugo Seabra de Souza, diretor vice-presidente da Multiner, a inauguração do Alegria I celebra o encerramento de uma primeira etapa de desafios. A segunda será a construção da segunda usina eólica, ao lado de Alegria I, que terá o dobro de aerogeradores e que gerará mais 100,65 MW de energia.
Em conjunto, as duas formarão o Parque Eólico Alegria, com 151,8 MW instalados, o maior da América Latina, afirma Souza. As obras de Alegria II foram iniciadas no final de 2010 e as 61 turbinas eólicas já chegaram ao Brasil.
A Usina de Energia Eólica Alegria I contou com mais de 450 trabalhadores em sua construção e com um investimento de R$ 330 milhões. Desse total, R$ 250 milhões foram financiados pelo BNB. Alegria I opera com 31 aerogeradores da fabricante dinamarquesa Vestas – líder mundial na fabricação de aerogeradores. A escolha da localização é altamente estratégica, já que a Região Nordeste apresenta excelente regime de ventos, com média anual de velocidade de 8,5 metros/segundo.

Qual o mistério por trás de Belo Monte?

Um dos setores mais bem planejados no passado foi o de energia elétrica. As aberrações (Balbina e Samuel) nada tiveram com este planejamento. Dentre os diversos parâmetros observados, procurava-se nas hidrelétricas construir barragens que, atendendo a curvas de altura em função de volume e área, com capacidade de armazenamento plurianual, visando a ter meios de fazer face a mais de um ano seco a cada cinco anos. 
Preocupava-se também em investir na transmissão em extra alta tensão (EAT) diante da evidencia que a Região Sudeste - principal centro de carga do país mercê do desenvolvimento - não teria no futuro possibilidades de construção de barragens de porte, o que obrigaria a trazer-se de longe a energia gerada em outras regiões, em especial da Amazonia. 
Assim, construiu-se um sistema de transmissão robusto, gradualmente interligado, de 500KV, e ampliou-se para acima disso (600 e 750KV) as linhas oriundas de Itaipu, visando à redução de perdas em distancias de mais de 2,5 mil quilômetros. 
Preparou-se pois o Brasil, com grandes investimentos, para viver o momento atual, isto é, trazer de aproveitamentos longínquos, num sistema hidrelétrico com bacias complementares, energia para qualquer ponto de carga do país. 
O primeiro parâmetro citado, qual seja, acumulação plurianual, foi abandonado na época do Grande Sociólogo, acompanhado pelos neófitos que instalou no MME, face a inércia, omissão e despreparo que marcaram o período. 
Deu no que deu. Apagão. E o mais grave, um Programa (poluidor) de Térmicas Emergenciais que, inicialmente, complementavam a geração, por falta de alternativa, e que, posteriormente, institucionalizou-se, não mais como emergência, mas já agora como forma de investir pouco, rápido e faturar-se imediatamente. 
O grande modelito do Tolmasquin. Os magníficos ambientalistas nada falaram, nada falam, nem tampouco se importam com a poluição e com os reflexos tarifários desta política. 
Para simplificar e não estender este texto, limitando-nos a obras maiores, o governo licitou Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira, e os gênios ambientalistas quase não "chiaram" e "entubaram", até por conveniências inconfessáveis, os projetos ora em execução que observam características técnicas inéditas e inovadoras. Utilização de turbinas bulbos em dimensões nunca antes utilizadas e que portanto comportam as hipóteses do desconhecido. 
No entanto, Belo Monte, que é estudado há mais de 30 anos, e que, em decorrência de pressões de ambientalistas e defensores de índios, teve em 1994 o seu projeto reformulado, preservando áreas indígenas e reduzindo a área inundada em 66%, e em consequência a energia firme tem sido objeto de criticas permanentes e tentativas desesperadas de obstaculização. 
O curioso, e parece até anedota, que uma das críticas deste mesmos grupos que forçaram a revisão do projeto é que a energia firme é baixa em relação à capacidade instalada (1.1250 MW). 
Ao longo do tempo já fizeram "marola" contra o projeto o cantor Sting, o cineasta James Cameron, a atriz Sigourney Weaver, o ator Joel David Moore, o bispo austríaco Erwin Krautler (este com alguma representatividade, pois esteve na região por bom tempo), culminando com o ato do Greenpeace derrubando, em 20/4/2010, um caminhão de esterco de boi na porta da Aneel. 
Outros, menos badalados, também se pronunciaram igualmente, e com raras exceções, sem nenhum vínculo com a nacionalidade brasileira ou com a nossa soberania. O grau de preparo desta gente é de tal ordem que todos, economistas, o ex-genro especialista que não evitou o apagão, jornalistas (alguns que pensam entender de tudo) e até publicitários, sentem-se à vontade para dizer qualquer coisa sem nunca terem estudado a questão. 
Recentemente um site - Avaast - tendo um norte-americano a frente (Bem Wikler), manipulando dados , confundindo áreas de estado com município, fez uma pressão danada e conseguiu via Internet que 500 mil brasileiros, incautos, assinassem um documento contra a usina. (Sergio Barreto Mota, em sua coluna neste MM, registrou que mais importante são os milhões da maioria silenciosa que são a favor da usina) 
Deviam antes obrigar o Obama a cumprir a promessa sobre Guantánamo, avaliar o que representaram e representam as milhões de toneladas de bombas jogadas no Iraque, no Afeganistão, a queima de petróleo nos EUA, a derrubada da floresta boreal no Alasca, em matéria de agressão contra o meio ambiente e a humanidade. 
Também há poucos dias, em debate na TV, com o físico Luiz Pingueli, um diretor de uma ONG, com sotaque estrangeiro, disse pérolas do gênero: a região não está preparada para receber 120 mil pessoas. Isto sob o olhar complacente e embevecido de uma jornalista que pensa entender de tudo. 
Preliminarmente, e sem xenofobia, deveria ter declarado sua nacionalidade e se seu país tem prática na construção de hidrelétricas, e se o objetivo é manter a região isolada e por quê? 
Foz do Iguaçu e Cidade Del Leste estavam preparadas quando começaram a construção de Itaipu? Ilha Solteira ou Três Lagoas estavam preparadas quando começaram Jupiá? Tucurui estava? Estamos tratando do município de Altamira, segundo maior em área do mundo, com cerca de 160 mil km² e com sua riquíssima hidrografia. Vão ser inundados 400 a 500 km² (0,25% a 0, 30%). A cidade de Altamira já tem mais de 105 mil habitantes, dos quais 80% alfabetizados. 
Não se ouviu uma palavra destes ambientalistas, do Ibama, da Funai, quando, em abril de 2009, a região foi inundada pelo rompimento de inúmeras "barragens", feitas em cima da perna por exploradores locais, que obrigaram autoridades paraenses a decretar em 14 de abril de 2009 situação de calamidade publica. 
Lembra-se que uma barragem bem feita contribui para regularizar um rio, o que acaba ou atenua qualquer tipo de enchente. As pressões contrarias são tantas que deve haver algum mistério por trás de Belo Monte. 
A cidade de Altamira a mil quilômetros de Belém, cuja única ligação com outras partes é a Transamazônica, permanece isolada grande parte do ano (cheias). O que haverá além da riquíssima biodiversidade na chamada terra do meio, entre o Tapajós e o Xingu, maior area de floresta não perturbada na Amazônia Oriental? O que tem de diferente a topografia que, a partir de Marabá em direção ao Xingu, chega a ter altitudes de 700m? E o efetivo centro geográfico do Brasil? 
Se observarmos o local de construção da usina, formando um triângulo com Belém e Santarém, interligando-se com Tucurui e, no futuro, com as usinas do Tapajós, verificaremos que Belo Monte não é só importante pelos kWs que irá gerar, mas também, e não exclusivamente, como veremos em futuro breve, pela incorporação de um amplo território ao desenvolvimento. 
Quem são os donos daquelas terras? Que riquezas elas escondem? Quem as explora? É preciso lembrar que a cidade de Tucurui, em menos de 30 anos, se aproxima dos 100 mil habitantes. 
Embora situada longe dali, já não é suficiente a barbaridade da Reserva Raposa do Sol, em Roraima? O que querem no Xingu? Transformar os índios em latifundiários maiores ainda e persistir na sua exploração? 
Num raio de quinhentos quilômetros em torno de Belo Monte, excluindo-se Belém, já temos uma área de influencia da ordem de 2 milhões de brasileiros (Santarém, Marabá, Tucurui, Imperatriz...). Se utilizarmos o conceito de distância econômica de transmissão, a população abrangida se amplia muito mais ainda. 
Será que não é hora de estabelecermos regras para as ONGs estrangeiras ou que sejam financiadas por recursos externos? Até quando seremos a casa da mãe Joana, em que todo mundo manda, fala e explora? De examinarmos melhor o conluio descarado entre ONGs e aqueles ambientalistas que, por despreparo ou desonestidade, servem de margem de manobra? E a CPI? 
Sem dúvida o território brasileiro é muito grande, os meios fiscais são escassos, mas não seria possível, no momento em que se busca melhor ação nas nossas enormes fronteiras, atuarmos seletivamente, em algumas áreas do nosso território? 
O que faz ou pode fazer a Abin? E as Forças Armadas brasileiras? Até incursões eventuais ajudariam! Não é possível continuarmos a conviver com estas ONGs alienígenas! 
E o Congresso Nacional, o que pensa? E as representações políticas do Norte do país? Por que o Ibama não se preocupa com os problemas ambientais palpáveis: saneamento deficiente no país, entorno de Brasília, Baía de Guanabara, Tietê e Pinheiros, em São Paulo, favelas de Salvador, Recife e Belo Horizonte, desmatamento, queimadas, madeireiras no Norte? 
Se querem opinar sobre o Norte, que o Ibama e a Funai mudem sua sede para a Região Amazônica e ajudem a ocupá-la e desenvolvê-la. Teriam mais credibilidade. 
Se tivermos a cada hidrelétrica que nos submeter ao despreparo e interesses desta gente, sem que apontem alternativas - térmicas ou outras antieconômicas, poluentes e incompatíveis com a região - é melhor acabar com todo o planejamento que foi feito ao longo de muitos anos e aprender a conviver com os modismos importados há alguns anos e que não tem nada a ver com a nossa realidade. 
A propósito, como se formam "ambientalistas" no Brasil? Como os sociólogos? A maior poluição é a miséria! É hora de falar sério. Já há muitos problemas ambientais, reais, para esta "turma", se quiser, de fato, trabalhar. Não devem se meter no que não entendem. 
Parem de bancar os "inocentes úteis" As representações políticas, principalmente do Norte, têm que colocar um paradeiro nisso. E as Forças Armadas precisam atuar nestas áreas ou, se já o fazem, aprimorar e aprofundar o seu trabalho. Terão grandes surpresas! 

Osvaldo Nobre 
Autor dos livros Brasil, país do presente, Bric ou RIC e 1999-2010 - Década de Transformações.