quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Setor Elétrico em Choque.


Jornal do Brasil.        
Aristóteles Drummond

      Nossos empresários andam realmente muito ocupados com suas empresas, os juros e os impostos. Não têm tido tempo de observar que outras ameaças podem comprometer suas portas abertas. Cresce a política de proteção ao mau cliente, barreiras são criadas ao incentivo do “ficha limpa”, na obtenção de melhores condições de juros e nas compras a prazo. Sabemos que, no Brasil, parte dos juros abusivos ao consumidor é devida à inadimplência, parcialmente protegida pela legislação.
        O setor elétrico, por exemplo, onde o não pagamento das contas é passível de negativação do consumidor junto às entidades de cadastro, os resultados têm sido altamente positivos, permitindo que, no futuro, até venhamos a ter tarifas mais baixas. Mas são muitos os estados que barram, pela via política, este legítimo instrumento de defesa da saúde financeira das empresas – todas necessitando de recursos para sua modernização e bom atendimento a um mercado que cresce a taxas superiores às do PIB.
        Recente resolução do regulador, por exemplo, acresce ao aviso de corte por não pagamento sua efetivação no prazo anunciado. Se o mesmo não ocorrer, pela natural impossibilidade de atender a tal demanda de serviços, é preciso um novo aviso de corte e consequentemente um novo prazo. É isso mesmo!!!
        Também nada é feito para vedar, por lei naturalmente, o poder de um juiz dar liminar para que o consumidor faltoso seja cortado. Ou então se crie um crédito fiscal no valor do que não é pago pela “sensibilidade social” do magistrado, com o boné alheio, como se diz popularmente.
        A norma em vigor no setor elétrico é tão inacreditável que, se um consumidor é devedor num endereço e pede ligação em outro, a concessionária é obrigada a atender ao pedido. Ou seja, tem de fornecer a quem lhe deve e não paga.
        Pouca gente sabe destas aberrações, mas todos reclamam das tarifas, que são altas – agora entre as mais caras do mundo. Quase a metade em impostos e outra parcela pela legislação que desencoraja o investimento. Neste momento, uma pequena PCH de propriedade de uma indústria de alumínio, funcionando há muitos anos em Minas, está tendo a renovação de sua licença questionada pelos ambientalistas. Uma usina que já funciona, que precisa apenas renovar. Não é coisa de país sério, convenhamos.
        Qual a segurança de quem investe no setor? O que está sendo feito para dar garantias legais de que uma obra da importância de Belo Monte não venha a ser travada por ambientalistas, ou indígenas? E as linhas de transmissão, em especial a Tucuruí-Manaus, que é das mais importantes do Brasil? As linhas do complexo do Madeira precisam ser liberadas. Senão, vamos ter energia gerada e não transportada.        A Eletrobras, que conta com quadros de excelência, de reconhecimento internacional, acabou esvaziada como responsável pelo planejamento, financiamento e execução. Embora, na prática, o grupo seja quem tem salvado concorrências recentes do fracasso.
        O negócio é bom em todo o mundo. É possível ser bem gerido e atrair investimentos pela sua rentabilidade. Mas precisa de um mínimo de bom-senso por parte das entidades reguladoras, dos legisladores e até mesmo do Judiciário.
        E cabe ao governo, nestas semanas, estar atento ao acordo sindical, para que não venhamos a ter greves prolongadas, quase férias extras, como o que se verificou recentemente com funcionários dos Correios e dos bancos. O momento, nacional e internacional, não comporta tanta tolerância!

Aristóteles Drummond é jornalista. - aristotelesdrummond@mls.com.br

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sistema de Transposição de Peixes da UHE Santo Antônio está em fase de acabamento


Previsto para começar a funcionar na segunda quinzena de novembro, o STP permitirá a migração dos peixes rio acima, através da barragem, no período da piracema, garantindo a reprodução das espécies quando a usina hidrelétrica estiver em operação
Sistema de Trasposição Itaipu.
O Sistema de Transposição de Peixes (STP) da Usina Hidrelétrica Santo Antônio já está em fase de acabamento. No momento, estão sendo distribuídos os gabiões, que são um tipo de gaiola de arame preenchida com pedras, colocadas de forma intercalada dentro do canal, servindo como defletores que regulam a velocidade da água tornando-a ideal para a passagem dos peixes.
Previsto para começar a funcionar na segunda quinzena de novembro, o STP fica na margem direita do empreendimento, na região onde estava localizada a Ilha do Presídio. Com cerca de 900 metros de extensão e dez metros de largura em seu canal principal, o STP permitirá a migração dos peixes rio acima, através da barragem, no período da piracema, garantindo a reprodução das espécies quando a usina hidrelétrica estiver em operação. A construção do STP foi uma das condicionantes ambientais da Licença de Instalação e também para a Licença de Operação da usina expedida em setembro.
Para garantir o sucesso do funcionamento do Sistema de Transposição de Peixes, a Santo Antônio Energia construiu um canal experimental na Cachoeira de Teotônio. Durante dois anos, estudos sobre o comportamento das espécies migratórias de peixes na época da piracema foram realizados neste canal experimental. Projetado em escala real, este canal se constituiu no único no mundo construído no mesmo rio onde está sendo implantado o STP definitivo.
Santo Antônio Energia
É a concessionária responsável pela construção e futura operação da usina hidrelétrica Santo Antônio, localizada no rio Madeira, em Porto Velho (RO), e pela comercialização da energia a ser gerada. A usina tem potência instalada de 3.150,4 megawatts e capacidade para abastecer 11 milhões de residências, ou aproximadamente 40 milhões de pessoas. O empreendimento tem investimento de R$ 15,1 bilhões e é referência em construção de hidrelétricas sustentáveis, pois utiliza tecnologia de ponta para melhor eficiência energética com menor impacto ambiental. Os acionistas da Santo Antônio Energia são as empresas Eletrobras Furnas, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Cemig e o Fundo de Investimentos e Participações Amazônia Energia (FIP). A usina hidrelétrica Santo Antônio é uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.

Alemanha inaugura usina híbrida com tecnologia eólica e de hidrogênio.


Instalação de geração de energia renovável é a primeira do tipo no mundo.
Armazenamento de hidrogênio permite fornecimento mesmo sem vento.


Usina servirá para desenvolver tecnologia híbrida de produção de energia. (Foto: AFP)
                   

Foi inaugurada nesta terça-feira (25) em Prenzlau, no leste da Alemanha, a primeira usina híbrida de energia eólica e de hidrogênio no mundo.
A vantagem dessa instalação é que, quando há muito vento, ela produz hidogênio que é armazenado para quando a velocidade do ar diminuir.
Assim, fica garantida uma capacidade estável de fornecimento de energia, o que apenas uma turbina eólica não pode assegurar, já que depende das condições meteorológicas para produzir mais ou menos eletricidade.
A Alemanha pretende que, até 2050, 80% de sua matriz energética seja renovável, reduzindo em especial o uso de energia nuclear e termoelétrica a carvão.
A nova usina, por enquanto, é um projeto-piloto que não funciona comercialmente. A ideia é usá-la para melhorar essa tecnologia a ponto de torná-la viável economicamente. Sua capacidade é de 6 Megawatt.
Ajude a proteger a fauna e a flora brasileiras no game do Globo Natureza: Missão Bioma
*Com informações da AFP

Cachoeira Caldeirão deve ser a terceira hidrelétrica confirmada no A-5


RIO – A usina Cachoeira Caldeirão, no rio Araguari, no Amapá, deverá ser a terceira hidrelétrica – das dez inscritas – confirmada para participar do Leilão de A-5, marcado para o dia 20 de dezembro. De acordo com o diretor de estudos de energia elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), José Carlos Miranda, a usina recebeu ontem, do órgão ambiental do Estado do Amapá, a declaração de reserva de disponibilidade hídrica (DRDH) para participar a disputa, que licitará empreendimentos com início de geração previsto para 2016.
Segundo o diretor, a usina foi objeto de audiência pública ontem e está muito próxima de conseguir a licença prévia necessária para participar do leilão.
Até agora, apenas duas hidrelétricas conseguiram a licença prévia, Estreito e Cachoeira, as duas no rio Parnaíba, e já têm participação garantida no A-5. O prazo limite para obtenção da licença prévia é 1º de dezembro, segundo Miranda.
A hidrelétrica de São Manuel, no rio Teles Pires, no Mato Grosso, seria objeto de audiência pública esta semana, mas o processo foi adiado. Apesar do adiamento, Miranda frisou que não há anormalidades no processo.
“Essas coisas acontecem”, disse Miranda, que participou da Conferência APEx, realizada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no Rio de Janeiro.
O diretor destacou que as hidrelétricas são prioridade do governo. “[O governo] Está fazendo tudo para que sejam cumpridos os compromissos com o Ministério do Meio Ambiente e para que as hidrelétricas consigam as licenças dentro do prazo”, afirmou.
Miranda ressaltou que a licença precisa ser obtida sem que seja necessário alterar o projeto.
O baixo número de usinas hidrelétricas aprovadas para o A-5 até agora não preocupa Miranda. “O Brasil tem uma oferta de fontes de energia muito diversificada”, frisou, lembrando também a grande quantidade de energia eólica que será ofertada no leilão.
Ele afirmou que há espaço para a redução dos preços negociados pela energia no A-5. Segundo ele, a partir da competição, os empreendedores buscam otimizar os processos e evoluir as tecnologias para oferecer maior qualidade e preços menores.
“É claro que haverá um limite. Mas acreditamos que haverá redução de custos”, ponderou.
O investimento em novas tecnologias e a vinda de fábricas para o Brasil são os principais motivos apresentados por Miranda para justificar a expectativa por menores preços. Miranda lembrou que a energia eólica chegou a ser negociada a menos de R$ 100 o megawatt-hora no leilão A-3 este ano, mas ainda assim há espaço para quedas maiores no preço.
“A energia eólica está mais em evidência porque não se imaginava que pudesse reduzir tanto o preço. Esperávamos isso para 2020”, disse.
(Marta Nogueira | Valor)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Cientistas fazem projeto para coleta eficiente de energia solar

Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/09/2011
Fotossíntese artificial: cientistas fazem projeto para coleta eficiente de energia solar
Estrutura do complexo de captura de energia da luz solar, mostrando a organização das moléculas que capturam e transmitem a energia com eficiência extraordinária.[Imagem: Greg Scholes


Circuitos moleculares
A energia solar pode ser capturada de forma eficiente, e transportada por longas distâncias, usando minúsculos circuitos moleculares.
É o que propõe o Dr. Gregory Scholes e seus colegas da Universidade de Toronto, no Canadá.
A equipe descobriu como projetar esses circuitos moleculares, que são 10 vezes menores do que os mais finos fios existentes no interior dos processadores de computador.
A ideia não é nova, mas é radicalmente promissora: imitar a fotossíntese das plantas, criando uma fotossíntese artificial com potencial para ser a fonte definitiva de energia limpa.
O trabalho de vários grupos ao redor do mundo no campo da fotossíntese artificial tem gerado conhecimentos novos na forma como as plantas, algas e bactérias usam a mecânica quântica para otimizar a captura de energia do Sol.
Agora os cientistas juntaram o quebra-cabeças desse conhecimento, mapeando as diversas estruturas moleculares e suas funções - um passo essencial para a sua reprodução de forma artificial, criando "células solares biomiméticas".
Antena biológica
Nas plantas, a luz do Sol é capturada por uma espécie de "antena" biológica, formada por moléculas "coloridas" - corantes ou pigmentos - que direcionam a energia para proteínas especiais, que a utilizam para produzir oxigênio e açúcares.
É isto o que os cientistas estão tentando imitar.
"A produção de combustível solar normalmente começa com a energia da luz sendo absorvida por uma estrutura de moléculas. A energia é armazenada por um breve momento na forma de elétrons em vibração, sendo então transferida para um reator adequado," explica o professor Scholes, citando um esquema artificial.
O grande gargalo está na velocidade com que as moléculas-antena das plantas mantêm a energia - apenas alguns bilionésimos de segundo. Se a energia não for transferida rapidamente, ela pode fritar as estruturas biológicas, matando a planta.
O segredo está nas propriedades quânticas dessas antenas, que são feitas de apenas algumas dezenas de pigmentos.
Foi neste conhecimento que os pesquisadores conseguiram avançar, idealizando meios para replicar o processo de forma artificial usando simulações computadorizadas.
Fotossíntese artificial: cientistas fazem projeto para coleta eficiente de energia solar
É a primeira vez que os cientistas conseguem descrever com tantos detalhes as funções de cada um dos elementos fotossintéticos das plantas e algas. [Imagem: Scholes et al./Nature Chemistry]

Receita de fotossíntese artificial
Segundo eles, serão necessários quatro elementos básicos para garantir a captura e a distribuição da energia solar com as antenas nanoscópicas.
O primeiro é mais óbvio é o desenvolvimento dos componentes básicos da antena, que devem ser moléculas com alta capacidade de absorção de energia. Esses fotoabsorvedores deverão ser bem distribuídos para aumentar a probabilidade de conversão dos fótons em elétrons em toda a antena.
O segundo elemento é um adequado agrupamento das moléculas absorvedoras de luz, de forma que elas possam: a) absorver diferentes comprimentos de onda; b) criar gradientes de energia para que a energia flua sempre em um determinado sentido; e c) explorar várias rotas para a transferência da energia captada, explorando o fenômeno da coerência quântica.
Também deverá ser garantido que as escalas de energia envolvidas no processo de transferência da energia sejam mais ou menos ressonantes. Isso deverá garantir que os mecanismos de transferência quântica e clássica se combinem para que a energia seja transmitida tanto por distâncias curtas quanto longas - quando várias antenas estiverem conectadas.
O quarto e último elemento é que a transferência de energia não deve ser tão rápida quanto possível, mas tão rápida quanto necessário. Isto significa a necessidade da incorporação de mecanismos regulatórios nas próprias antenas, por exemplo, "peles" que sejam capazes de dissipar qualquer excesso danoso de energia.
Bibliografia:

Lessons from nature about solar light harvesting
Gregory D. Scholes, Graham R. Fleming, Alexandra Olaya-Castro, Rienk van Grondelle
Nature Chemistry

Ponte solar vai gerar quase 1 MW de energia

Fonte Site Inovação Tecnológica.
Começa a ser construída primeira ponte solar do mundo

Ponte solar
Começou a ser construída em Londres, no Reino Unido, a maior ponte solar do mundo.
A ponte vitoriana sobre o rio Tâmisa, construída em 1886, será transformada na fundação da estação Blackfriars.
Sobre ela, a empresa japonesa Sanyo está instalando 4.400 painéis solares fotovoltaicos, criando uma usina solar capaz de gerar 1,1 MW de energia.
Os painéis estão sendo instalados na forma de um teto de 6.000 metros quadrados.
Começa a ser construída primeira ponte solar do mundo
Para compensar a cobertura, "tubos solares" serão usados para captar a luz do Sol e direcioná-la para a iluminação interna. [Imagem: Network Rail]
Usina solar
Em média, os engenheiros calculam que a ponte solar deverá gerar 900.000 kWh de energia, suprindo 50% do consumo da estação e reduzindo as emissões de carbono em 511 toneladas por ano.
Outras técnicas ambientalmente corretas que estão sendo instaladas na estação incluem um sistema de coleta de água da chuva, para uso nos banheiros e na limpeza, e "tubos solares", para captar a luz do Sol e direcioná-la para a iluminação interna.

Microinversor brasileiro viabiliza usinas solares domésticas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/10/2011
É cada vez mais comum ver sobre os telhados das casas e edifícios painéis solares fotovoltaicos para a geração de energia.
Como os painéis solares ainda são caros, um grande incentivo para sua utilização seria a possibilidade de vender a energia gerada para as concessionárias, quando o proprietário da casa não a estivesse utilizando.
Essa geração distribuída de energia é um dos conceitos mais difundidos hoje no mundo, em substituição ao sistema atual, de grandes usinas geradoras que distribuem para consumidores passivos.
Mas, para que os consumidores se transformem em geradores de energia, é necessário um equipamento que possa captar a energia gerada em cada residência e injetá-la na rede de distribuição, onde ela poderá ser compartilhada e usada por outros consumidores.
Foi o que fizeram Jonas Rafael Gazoli, Ernesto Ruppert Filho e Marcelo Gradella Villalva, engenheiros eletricistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Microinversor
Os pesquisadores desenvolveram um microinversor monofásico que permite ligar os painéis solares fotovoltaicos à rede elétrica de baixa tensão.
Os sistemas fotovoltaicos são constituídos basicamente por um ou mais painéis solares, acoplados a um microinversor eletrônico. A função básica do inversor é converter a eletricidade de corrente contínua, como é gerada pelas células solares, em corrente alternada, que é a forma pulsada de energia presente na rede elétrica.
Como uma placa solar produz cerca de 25 volts (V) em corrente contínua, a função do microinversor é compatibilizar essa energia com a tensão de 127 V ou 220 V da corrente alternada da rede elétrica.
Para a produção local de energia, basta instalar o painel solar no telhado da residência e o microinversor em um ponto da rede, como se fosse um eletrodoméstico.
Se o consumo da residência for inferior à produção, o excesso pode ser exportado para a concessionária local. Um medidor bidirecional instalado em substituição ao medidor de energia padrão permitirá registrar a energia fornecida e recebida ao longo do dia, de forma que o usuário pague apenas pela diferença.
Capacitores eletrolíticos
Segundo Gazoli, a grande inovação do seu microinversor é a eliminação dos capacitores eletrolíticos, componentes responsáveis pelo armazenamento momentâneo de energia.
Esses componentes possuem vida útil curta, de sete anos em média, quando trabalham sob temperaturas altas, como no caso da geração solar de energia.
Já um sistema fotovoltaico tem uma vida útil da ordem de 25 anos, o que força a troca do equipamento várias vezes.
O principal objetivo da pesquisa da Unicamp é construir um microinversor com grande vida útil que não use capacitores eletrolíticos, equiparando assim a vida útil de todos os equipamentos usados na "usina doméstica".
O Brasil ainda não possui uma regulamentação que permita a negociação direta da energia produzida por particulares com as concessionárias, embora o assunto esteja em discussão sob o patrocínio da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Eletro Eletrônica).

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Governo vai licitar, em conjunto, três hidrelétricas no Rio Parnaíba


O governo federal deve licitar, em conjunto, três usinas hidrelétricas no Rio Parnaíba, na divisa do Maranhão com o Piauí, no próximo leilão de energia nova (Leilão A-5) da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). As usinas Castelhano, Cachoeira e Estreito Parnaíba estão entre as oito hidrelétricas previstas para entrar em licitação este ano.
O governo já havia tentado vender Cachoeira e Estreito Parnaíba em um leilão anterior da EPE, mas os empreendimentos não atraíram interesse de nenhum investidor. “Ao serem licitadas juntas, o empreendedor terá alguns ganhos de escala, como equipamentos que ele pode botar numa obra e ir escalonando para outra, em logística e em investimentos na área ambiental. Ao se construir a obra junta, se reduz o custo total. Ao leiloar [dessa forma], a gente acha que vai tornar o empreendimento mais viável”, disse o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.
A usina Ribeiro Gonçalves, também no Rio Parnaíba, será licitada separadamente, por causa da localização mais distante.
Como as usinas Cachoeira e Estreito Parnaíba já entraram em um leilão anterior, já têm licença prévia, condição obrigatória para que entrem do próximo leilão. As seis usinas restantes terão que apresentar a licença prévia até o início de dezembro.

10/10/2011 - 16h39 Nível das hidrelétricas brasileiras é maior do que em 2010


SÃO PAULO - Em setembro, perto do fim da época de seca no país, que vai de maio a outubro, o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas brasileiras estava acima do registrado no mesmo período de 2010. Segundo os dados fornecidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o armazenamento de energia está bem acima da meta para 2011.

No final de setembro, o sistema Sudeste e Centro-Oeste tinha 65,35% de energia armazenada. No mesmo período do ano passado, o nível estava em 49,26%. No sistema Sul, o armazenamento estava em 93,6% no mês passado. Um ano atrás, o período de seca tinha castigado mais as hidrelétricas da região, pois o nível era de 64,26.% No Nordeste também havia mais espaço para a geração de energia elétrica nas usinas: 60,31% contra 48,28% em setembro do ano passado.

O único sistema em que o período de seca deste ano não se diferenciou muito de 2010 foi o da região Norte. Enquanto em setembro agora o armazenamento estava em 52,18%, no ano passado ele era de 45,30%.

O último verão, mais chuvoso, e o período de estiagem no meio deste ano menos rigoroso do que no último ano serviu para uma folga maior para o setor hidrelétrico. De acordo com a ONS, a meta segura para o sistema SE/CO para dezembro é de 20% de energia armazenada. No Sul, a curva de reversão foi fixada em 33% e no Nordeste em 20%. O sistema Norte é esvaziado após o período de seca para poder comportar as chuvas nos meses subsequentes, que apresentam alto índice pluviométrico na região, por isso não tem meta segura estipulada.

(Rodrigo Pedroso | Valor)

sábado, 1 de outubro de 2011

Mineirão vai produzir energia solar e beneficiar casas vizinhas


Fonte: Portal 2014

O estádio Mineirão, que está em reforma para a Copa do Mundo de 2014, aproveitará a energia solar para gerar eletricidade, o que beneficiará as residências vizinhas, informou nesta quarta-feira uma fonte do setor elétrico.
"A cobertura do estádio será construída em um material que receberá a radiação solar, e depois, uma planta geradora se transformará em eletricidade para ser aproveitada dentro do próprio estádio", disse à agência Efe o diretor de Relações Institucionais da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Luiz Henrique Michalick.
A energia excedente poderá ser utilizada para levar eletricidade a 743 casas próximas ao estádio de Belo Horizonte, um dos candidatos para ser sede da partida de inauguração do Mundial.
A Cemig investirá R$ 2,7 milhões em ampliação e adequação de suas redes na capital mineira até 2014.
Desse orçamento, R$ 1 milhão será destinado às obras da parte elétrica do Mineirão e do ginásio poliesportivo Mineirinho, incluindo o projeto de geração a partir da energia solar.

Com uma segunda planta geradora de energia solar no ginásio, o número de residências que serão beneficiadas se ampliará para 1.500.
O estudo de viabilidade do projeto de geração de energia solar no estádio foi elaborado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
A capacidade de energia instalada no Mineirão será de 1 mil quilowatts e uma produção calculada de 1.200 megawatts/hora.
O superintendente de Tecnologia e Alternativas Energéticas da Cemig, Alexandre Heringer Lisboa, contou à Efe que a empresa administra com autoridades como será feito para comercializar a energia que será gerada a partir da cobertura do estádio.

Eletrobras não foi comunicada de suspensão da obra em Belo Monte


Fonte: Valor



A Eletrobras ainda não foi comunicada oficialmente da suspensão das obras da usina de Belo Monte, determinada ontem em decisão liminar da Justiça Federal do Pará. O objetivo central da liminar é evitar modificações no leito do rio Xingu, onde a hidrelétrica será construída. A multa diária fixada pela 9ª Vara Ambiental, caso a liminar seja descumprida, é de R$ 200 mil.
De acordo com Valter Cardeal, diretor de Geração da estatal, a empresa apenas aguarda a notificação para recorrer da decisão judicial. A Eletrobras tem participação direta de 15% no consórcio Norte Energia, que constrói a usina, além de outros 15% via Chesf e 19,98% através da Eletronorte, ambas subsidiárias integrais da estatal.
“Não fizemos nada de errado e vamos buscar nossa defesa. Nenhum empreendimento foi tão criteriosamente estudado, com tanta profundidade, como Belo Monte. Tenha certeza que faremos tudo de maneira socialmente justa e ambientalmente correta”, disse Cardeal, que participou do Seminário Amazônia, promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil (CCFB), no Rio de Janeiro.

Segundo ele, depois que Belo Monte estiver concluída, o empreendimento possibilitará uma rentabilidade “excelente”. Por razões concorrenciais, o diretor não revelou as estimativas de ganho da Eletrobras com Belo Monte.
A respeito do leilão A-5, previsto para ocorrer no fim deste ano, com projetos que deverão iniciar a geração em 2016, Cardeal garantiu que a Eletrobras participará da concorrência em alguns projetos.
“Cada empreendimento será analisado separadamente. A definição sobre os projetos nós ainda não temos”, afirmou o executivo.
Ainda de acordo com o diretor, a Eletrobras estuda participar dos projetos com parceiros ou sozinha, mas ainda não há uma definição.



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Leilão de energia nova tem 377 cadastrados, diz EPE


A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) cadastrou 377 empreendimentos para o leilão de energia nova que contratará a demanda do mercado cativo em 2016 (A-5), que será realizado pelo governo federal em 20 de dezembro deste ano. Esses projetos somam uma capacidade de 24,25 mil megawatts (MW), entre térmicas a gás e a biomassa, projetos eólicos, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), novas hidrelétricas e ampliações de hidrelétricas existentes.
De acordo com a EPE, as térmicas a gás natural representam 53% da oferta cadastrada para o leilão, totalizando 12,86 mil MW a partir de 34 projetos. A fonte eólica detém a maior quantidade de usinas inscritas, 296, totalizando 7,48 mil MW. Entre os Estados, o Rio Grande do Sul teve o maior número de projetos cadastrados, 87, enquanto o Rio de Janeiro registrou a maior oferta de energia, 3,009 mil MW. Quatorze usinas a biomassa foram inscritas, sendo 12 termelétricas movidas a bagaço de cana-de-açúcar (696 MW) e duas a cavaco de madeira (159,8 MW).
Entre os 14 projetos hidrelétricos, 10 usinas são novas concessões, que totalizam 2,16 mil MW. As hidrelétricas são: Cachoeira (63 MW), Castelhano (64 MW), Estreito Parnaíba (56 MW), Ribeiro Gonçalves (113 MW), Uruçuí (134 MW), Cachoeira Caldeirão (219 MW), São Roque (135 MW), São Manoel (700 MW), Sinop (400 MW) e Riacho Seco (276 MW). Esses projetos estão localizados nos rios Parnaíba (PI/MA), Araguari (AP), Canoas (SC), Teles Pires (MT/PA) e São Francisco (BA/PE). Dos 10 projetos, apenas Riacho Seco e Uruçuí não têm previsão de obter a licença ambiental prévia a tempo de participar do leilão A-5.
Já outros quatro projetos são expansões de hidrelétricas existentes e somam 584,3 MW. Entre as usinas, destaque para a expansão de um projeto entre os Estados do Amapá e do Pará, que provavelmente deve ser a hidrelétrica Santo Antônio do Jari, adquirida recentemente pela EDP. A companhia tem planos de expandir em cerca de 70 MW a capacidade dessa usina, volume que é exatamente o valor cadastrado no leilão A-5 do projeto entre o Amapá e o Pará.
A EPE também informou que está cadastrada no leilão a expansão de uma hidrelétrica em Rondônia, totalizando 450 MW de capacidade.

domingo, 25 de setembro de 2011

Super turbina eólica utiliza levitação magnética para produzir até 1 GWS


Super turbina eólica

A energia eólica é vista de forma muito simpática por todos aqueles que se preocupam com o meio ambiente. Os especialistas em energia, contudo, afirmam que a eletricidade produzida pelo vento necessitará de mais tecnologia e menos custos se quiser entrar para valer como uma fonte de geração definitiva.
Turbina com levitação magnética
A empresa MagLev apresentou na China aquela que poderá ser a solução tecnológica que faltava para a viabilização econômica da energia eólica. Com um design totalmente diferente dos tradicionais cataventos, a turbina MagLev utiliza levitação magnética para oferecer um desempenho muito superior em relação às turbinas tradicionais.
As pás verticais da turbina de vento são suspensas no ar acima da base do equipamento. Ao invés se sustentarem e de girarem sobre rolamentos, essas pás ficam suspensas, sem contato com outras partes mecânicas - e, portanto, podem girar sem atrito, o que aumenta exponencialmente seu rendimento.
Ímãs de neodímio
A turbina utiliza ímãs permanentes, e não eletroímãs, que poderiam diminuir seu rendimento líquido, já que uma parte da energia gerada seria gasta para manter esses eletroímãs em funcionamento.
Os magnetos permanentes são feitos de neodímio - um elemento contido no mineral conhecido como terras-raras, - largamente utilizado na fabricação de discos rígidos para computadores. Além de aumentar o rendimento, os ímãs diminuem os custos de manutenção da turbina, que dispensa lubrificação e as constantes trocas dos rolamentos.
Viabilização econômica da energia eólica
Segundo a empresa, a turbina MagLev consegue gerar energia a partir de brisas de apenas 1,5 metros por segundo e consegue suportar até vendavais de até 40 metros por segundo - o equivalente a 144 km/h.

gerador do moinho de vento de 5kw MAGLEV

As maiores turbinas eólicas atuais geram 5 MW de potência. Já uma única MagLev gigantesca poderia gerar 1 GW, suficiente para abastecer 750.000 residências. Isso acontece porque a nova turbina pode ser construída em dimensões muito grandes, o que não acontece com os tradicionais cataventos.
Segundo a empresa, a nova turbina gera 20% a mais de energia em relação à turbinas convencionais e tem um custo de manutenção 50% menor. Ainda segundo as estimativas do seu fabricante, uma super-turbina eólica que utiliza levitação magnética poderá funcionar continuamente por... 500 anos.

sábado, 24 de setembro de 2011

Mercedes-Benz usará nanotecnologia em motores diesel


Mercedes-Benz usará nanotecnologia em motores diesel
A superfície nano-cristalina é tão homogênea que parece um espelho. [Imagem: Daimler]
Nano-revestimento do motor
A Mercedes-Benz anunciou que começará a usar nanotecnologia para revestir o interior dos cilindros dos seus motores diesel.
A tecnologia, batizada de NanoSlide, usa um arco elétrico em um jato de gás para fundir fios de ferro e carbono e formar um spray, de forma a aspergir os metais sobre uma superfície.
A superfície em questão será o interior dos cilindros dos motores diesel V6 da série ML 350 BlueTEC.
O resultado é uma superfície nano-cristalina tão homogênea que se parece com um espelho, o que reduz o atrito - diminuindo o consumo de combustível - e o desgaste - aumentando a vida útil do motor.
Mercedes-Benz usará nanotecnologia em motores diesel
O nano-revestimento permite a eliminação das camisas do cilindro. [Imagem: Daimler]



Fim das camisas
O nano-revestimento permite a eliminação das chamadas "camisas" do pistão, o revestimento estado-da-arte hoje, com uma redução de 4,3 quilogramas de peso de um motor V6.
Em lugar das camisas, que têm 5 milímetros de espessura, a camada nanocristalina mede entre 0,1 e 0,15 milímetro.
Apesar de extremamente lisa, a superfície possui poros em nanoescala que aprisionam moléculas de óleo, otimizando a lubrificação do motor.
Segundo a empresa, o novo motor alcança um consumo de 14,7 km/l (6,8 litros de diesel a cada 100 quilômetros), com uma emissão de 179 gramas de CO2 por quilômetro - não foram divulgadas as condições do teste.